A Copa América estava marcada para junho do ano passado, mas foi adiada pela pandemia. Devia ter dois convidados, Austrália e Qatar, mas ambos desistiram. Adiada para 2021, ia acontecer pela primeira vez em dois países, Argentina e Colômbia, mas os dois abriram mão por causa do enfrentamento da covid-19. Foi assim, meio no improviso, a menos de duas semanas para a estreia, que caiu no colo do Brasil.
Depois de pedido da Conmebol, houve um alinhamento pessoal do então presidente da CBF, Rogério Caboclo, com o governo federal. As sedes foram decididas em um dia [Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro] e a polêmica foi instalada: por que aceitar subitamente um torneio internacional de futebol durante fase aguda da pandemia? O resultado é que esperou-se mais por uma posição do STF do que pelo anúncio dos convocados por Tite.
Mas para além do ringue político que virou a Copa América quando apoiadores do presidente Jair Bolsonaro viram a chance de uma agenda positiva para o governo, existe um time de futebol que venceu este mesmo torneio há menos de dois anos, mas sabe que será cobrado por resultado esportivo outra vez.
Ao mesmo tempo em que enfrenta uma grave crise nos bastidores que invade o noticiário policial, derrete o interesse do torcedor pela seleção e sustenta a pergunta que o UOL Esporte tenta responder: que valor tem essa Copa América?