A Copa São Paulo é o carimbo que as categorias de base do Palmeiras ainda não tinham. Agora têm.
Jogando em um Allianz Parque cheio em horário matutino, a equipe da casa goleou o Santos por 4 a 0, um massacre, e conquistou um título inédito para coroar seu projeto com a garotada. Ao mesmo tempo, riscou um item precioso na lista de provocações dos rivais —e não é que eles lamentaram?
A Copinha é uma competição inchada, há equipes com nível técnico baixo, campos esburacados, estádios avariados e inseguros e muita chuva. Mas o torneio também é, de longe, o de maior tradição e visibilidade no Brasil. Algo que tem inegável peso para atletas que precisam, mais do que tudo, se apresentar.
Vencer a Copinha é ganhar a "Copa do Mundo" da categoria, como definiu o lateral alviverde Gustavo Garcia. E o Palmeiras, sem dúvida, o melhor departamento de base do Brasil nos últimos sete anos, demorou 53 edições para levantar o troféu.
Ao fazê-lo, enterrou um histórico de decepções e derrotas, ao mesmo tempo em que fez reverência a revelações importantes mas esporádicas, como Marcos, Vagner Love e Gabriel Jesus.