Ricardinho e Vicente não se conhecem.
Mas suas histórias de vida em meio à pandemia do novo coronavírus os aproximam. Ambos são brasileiros e jogadores de futebol profissionais, do tipo andarilhos: um já esteve na Bolívia, na Indonésia e na Grécia. Outro, na Ucrânia e na Albânia.
Eles estavam bem longe de casa quando a vida na Terra foi abalada pela doença que já matou quase 400 mil pessoas e alterou a normalidade. Os clubes que defendiam, em países europeus pequenos e pouco tradicionais no esporte, não souberam lidar com a crise financeira e acumularam decisões inconvenientes.
As histórias de Ricardinho e Vicente têm indiferença, abandono, pressão, falta de pagamento, ameaça, caso de polícia, luto, fome e alertas valiosos nesses tempos em que o comportamento humano está em xeque. Aqui, os andarilhos que representam dois lados da mesma moeda abrem o coração.