Pouco mais de um ano depois de ter assumido publicamente que é homossexual, em relato ao projeto Minha História, do UOL, Diego Hypolito ainda aprende a lidar com o turbilhão de emoções vividos desde então. Não só porque anunciou aposentadoria como ginasta, estreou como comentarista esportivo, viu renascer e morrer o sonho de mais uma Olimpíada e lançou um livro.
Nesses 13 meses, conheceu o carinho daqueles que se solidarizaram com sua história, serviu de conselheiro para tantos que se inspiraram em sua coragem, mas também precisou lidar com ódio. Não só da parcela da população brasileira que insiste em não aceitar os homossexuais, mas também de parte da própria comunidade LBGTI+, que se voltou contra ele após uma foto com o presidente Jair Bolsonaro.
"Existe um ódio nas pessoas, que faz elas estarem sempre preparadas para te atacar. Eu vejo um ódio muito absurdo contra o gay, contra muitos tipos de pessoas. A gente deveria viver muito em harmonia. Eu olho essas coisas e fico pensando: o que leva a gente a ter um lado que sempre quer criticar sem ser construtivamente? Quando a pessoa vomita a crítica, ela não tem noção de como isso reflete", diz.
Criticado pelo encontro com o presidente da República, Diego lamenta a forma como foi atacado nas redes sociais, mas afirma que não vai mudar a política de responder sempre gentilmente, com amor. Nesta entrevista ao UOL Esporte, o agora ex-ginasta pede desculpas aqueles que se ofenderam com o gesto.