Bragantino é o caralho. Filha da puta, time de empresário.
Coloque-se no lugar de um torcedor do Bragantino: o seu time é tradicional no interior de São Paulo, foi campeão estadual em 1990, vice-campeão brasileiro no ano seguinte, teve Parreira e Luxemburgo como técnicos, revelou um monte de gente boa e, hoje, é o campeão da Série B a duas rodadas do fim do torneio. Aí você vai no estádio vê-lo jogar e não para de ouvir coisas assim de torcidas adversárias.
"Seu time acabou"
"Time vendido!"
Tudo porque em abril a empresa Red Bull assumiu a gestão do Bragantino, demitiu toda a comissão técnica (inclusive o histórico treinador Marcelo Veiga), segurou só quatro jogadores de um elenco de 26, deu roupa nova e repaginou o estádio. Do time que já deu orgulho a Bragança Paulista sobraram o nome, o símbolo e a torcida.
Mas se a torcida é a mesma, o que explica o Bragantino antes da parceria ter média de 2,2 mil torcedores por jogo no Campeonato Paulista e agora, com o touro vermelho no centro da camisa, esse número pular para quase 6 mil na Série B? Quem é o torcedor que tem ido aos jogos depois da entrada da Red Bull? O que o time que investirá R$ 200 milhões no futebol em 2020 fará para conquistar mais torcida?
O UOL Esporte viajou - literalmente - para tentar responder.