Era madrugada em solo brasileiro e até os trabalhadores mais matutinos não conseguiam dormir: estavam encantados com uma garota de 13 anos que ousava saltar por corrimãos, fazendo manobras em cima de seu skate em Tóquio, do outro lado do mundo.
Rayssa Leal era a única brasileira na final olímpica, deixando para trás, entre tantas adversárias, duas outras brasileiras mais velhas e multicampeãs. O encanto dos brasileiros na Olimpíada não se resumiu à Fadinha, como Rayssa, que viralizou fazendo manobras fantasiada de fada quando tinha sete anos, é conhecida. A modalidade ainda trouxe mais duas medalhas de prata, uma com Kelvin Hoefler e outra com Pedro Barros, e deu à Confederação Brasileira de Skate (CBSk) a certeza de que é possível fazer da modalidade o segundo esporte no Brasil.
Em entrevista ao UOL Esporte, Duda Musa, presidente da entidade, fala dos desafios para tornar viável uma meta tão ousada como o espírito do skate, além de confirmar uma polêmica: sim, crianças de 13 anos, como Rayssa, podem ser vetadas das Olimpíadas no futuro.