Passados 28 anos do título brasileiro, Donizete segue com o amor pelo Botafogo intacto, assim como pelo Vasco, onde conquistou a Libertadores de 1998 — hoje, trabalha como comentarista na TV do clube. No caso do Alvinegro, porém, o Pantera não nega uma mágoa por dirigentes e funcionários pela forma como, segundo ele, foi tratado em duas oportunidades em que quis fazer uma visita e não conseguiu.
"Fui barrado na porta do Botafogo duas vezes. Fui lá para ver um treino, ver uma taça minha que eu dei para eles e falaram: 'não pode entrar'. Pô, a minha foto está ali no muro, sou o Donizete. 'Ah, mas peraí, deixa eu ver. Agora, não'. O Vasco é o clube que hoje está abrindo as portas para mim. Estou trabalhando na Vasco TV, mas, assim, é complicado, é doloroso, porque você ama o clube, né? Você passa ali, você dá o sangue ali", disse.
Segundo o ex-atacante, ele foi barrado por falta de autorização do Botafogo.
"A última vez que eu fui no Botafogo disseram: 'ah, não tem ninguém lá, não pode atender, não posso deixar passar e tal'. Então, falei 'obrigado', dei a volta e fui embora. Isso machuca muito", declarou Pantera, fazendo uma ressalva:
"Os clubes não tratam bem os ídolos. A torcida, sim. Os torcedores são muito gratos. Às vezes, você passa na rua, eles te dão aquele carinho, aquele abraço, agradecem pelo título que você deu e tal, mas os clubes..."