Lionel Messi já tinha sido eleito melhor do mundo seis vezes. É um dos maiores artilheiros da história, não importando os critérios de computação. Ele já foi campeão de tudo que um jogador pode conquistar. Pelo Barcelona, no caso. Em um currículo interminável de façanhas, só faltava um tópico relevante: um título pela seleção argentina. Hoje (10), depois da vitória sobre a seleção brasileira no Maracanã por 1 a 0, não falta mais.
O Maracanã talvez não pudesse ser palco melhor, a essa altura, considerando a frustração que o craque teve de aturar há sete anos, com a derrota na prorrogação para a Alemanha no mesmo local, pela final da Copa do Mundo. É algo que ele nunca vai apagar da memória. Agora, ainda que não seja o Mundial, a Copa América já pode bastar como justiça. Ainda mais depois de um jejum de 28 anos sem título para uma fábrica de talentos como a seleção argentina.
Estamos falando de um jogador que já foi muito cobrado por, supostamente, "não ser o mesmo" quando veste o azul e branco da seleção em comparação ao azul e grená do Barça. Ou que "não tinha a essência do futebol argentino", por ter saído muito jovem de seu país.
A cena de todos os jogadores argentinos correndo em direção a Messi assim que o árbitro deu o último apito foi emblemática.
Messi não só foi regente do time com a técnica, a habilidade, a categoria que lhe rende o apelido de "ET". Mas com algo que os "hermanos" valorizam tanto: a liderança. Aos gritos com companheiros ou rivais, sangrando, apanhando, sofrendo, essa foi a Copa América de Messi, e a taça não poderia ser erguida por outra pessoa.
Quis o destino que na primeira competição após a morte de Maradona, um gênio com a camisa 10 tiraria a Argentina de um jejum de títulos.