Imagine você adentrando uma banca de revista — aliás, você ainda consome este tipo de leitura e frequenta este ambiente? — e se deparando com uma publicação com fotos de nu artístico de Neymar, Gabigol ou Cássio. Há 20 anos, a G Magazine (e outras publicações do gênero) quebraram paradigmas ao estampar em suas páginas fotos sem roupas de Vampeta, Dinei, Túlio, Roger, entre outros.
Em pleno 2021, haveria público para consumir este tipo de trabalho? E os jogadores teriam coragem de ficar pelados em frente às câmeras? O UOL Esporte foi em busca da ex-publisher da G Magazine, ouviu líderes de grupos LGBTQIA+ e os "peladões" do início dos anos 2000 para debater o que mudou de lá para cá.
A reboque vem outro questionamento: por que o nu masculino é polêmico enquanto o feminino é naturalizado? Sim, o Brasil é um dos países mais machistas do mundo, o que reforça essa quebra de tabus tão recente com jogadores de futebol sem "nenhum uniforme".
Nesta reportagem especial, publicada no mês do orgulho LGBTQIA+, o UOL Esporte destaca a importância dos ensaios para o movimento, as consequências negativas (como o quase afastamento por indisciplina do goleiro Roger no São Paulo) e também fatos curiosos, como as amigas beatas da mãe de um dos jogadores que elogiaram as fotos de determinada edição, dos ensaios pioneiros do final dos anos 90.