Nascido na cidade paulista de Ribeirão Preto há 41 anos, Leandro cansou de fazer testes para entrar na base do Botafogo — tradicional clube local — quando era moleque. Ele lembra que sempre ia bem, fazia gols e dava bons passes, mas nunca passava. "Os treinadores falavam que já tinham jogadores como eu", era a resposta.
Tudo mudou em 1998. Já perto da maioridade, trabalhava num lava-rápido quando foi chamado para outro teste. Relutou, mas foi. Lá, encontrou vários meninos com quem brincava de bola na rua para um jogo-treino contra o sub-20 do Botafogo. "Com 15 minutos, estava 2 a 0 para a gente, o treinador era o [Carlos] Guerra. Ele parou o treino e disse: 'O que eu estou pedindo para vocês há meses esses garotos fizeram em 15 minutos'. No dia seguinte assinei contrato."
O resto é história. Virou profissional no Botafogo em só três meses e acabou vendido ao Corinthians poucos anos depois. Lá, virou Leandro Gianecchini. Também jogou na Rússia e no Japão, mudou o apelido para Leandro Guerreiro no Fluminense e se tornou ídolo do São Paulo bicampeão brasileiro em 2006 e 2007. Entre Gianecchini e Guerreiro, conseguiu um espaço na história recente do futebol brasileiro, tanto é que hoje trabalha como comentarista do Campeonato Paulista na HBO Max.
No papo do UOL Entrevista, exibido na sexta-feira (18), no Canal UOL, ele fala sobre passado, presente e futuro e prova que, ao contrário do que diziam os resultados dos testes no passado, não existem vários como ele.