Ele era careca, atacante e goleador. Surgiu na base do Cruzeiro e estourou para o futebol jovem. Suas fortes arrancadas e finalizações certeiras chamaram a atenção e logo foi vendido à Europa. A descrição é perfeita para Ronaldo Fenômeno, mas estamos falando de Fábio Júnior.
Quase cinco anos depois da venda do Fenômeno para o PSV-HOL, o Cruzeiro parecia ter acertado na loteria de novo. O novo atacante fazia tantos gols que as comparações com Ronaldo foram inevitáveis. E o prejudicaram.
Fábio Júnior não teve o sucesso do Fenômeno. Diferentemente do melhor do mundo e herói do penta, não deslanchou na Europa, voltou ao Brasil e não conseguiu sequência em clubes grandes. Mas quem, em todo o planeta, igualou os feitos de Ronaldo? E quem disse que Fábio era o cara para isso?
Muitos podem achar que ele foi menos do que poderia ter sido. Para o próprio Fábio, foi o contrário. O menino que saiu do Democrata de Governador Valadares acha que sua carreira foi mais longe do que ele mesmo previa. Defendeu clubes gigantes do país, conquistou títulos e realizou o sonho de vestir a camisa da seleção brasileira. Hoje, aos 41 anos, ainda lida com a dor da aposentaria, no ano passado, mas afirma: é muito realizado.