Questionado se achou exageradas as críticas que recebeu dos corintianos no ano passado, Danilo Avelar se remexe na cadeira, pensa por três segundos e deixa a sinceridade escapar em um tom de voz abaixo do usual. "Achei...", admite. Então retoma sua desenvoltura na entrevista, com honestidade quanto ao que pensava na época. "Não era possível: se eu era tão ruim, então por que eu continuava jogando?"
A trajetória de Avelar com a camisa do Corinthians se divide em dois momentos muito distintos, a grosso modo separados entre 2018 e 2019. Se antes o lateral tinha que se segurar para não discutir na internet, agora mostra ter muito mais confiança, virou um dos homens da confiança de Fábio Carille e mostra disposição para encarar o que vier. Quem antes o xingava no Twitter agora se desculpa e o chama de "lenda".
Na relação conturbada com os torcedores, Danilo Avelar diz ter se controlado individualmente, mas viu sua família sofrer muito com as críticas sobre suas atuações. Ele admite que deixou a desejar em algumas partidas, mas entende que as cobranças não tiveram nenhum embasamento tático. Uma perseguição sem muita razão de ser, do seu ponto de vista.
No papo exclusivo com o UOL Esporte, o lateral corintiano também falou da perda de memória após um choque de cabeça em jogo recente do Corinthians; contou do preconceito que sofreu na Ucrânia; e revelou dez minutos de enorme sufoco contra o francês Kylian Mbappé.