Criado na roça em família de boias-frias, Elano queria usar o futebol para ajudar os pais. Demorou para conseguir, mas quando conseguiu triunfar com a bola nos pés, foi para valer. Transformou-se em ídolo de um dos principais clubes do país, foi esperança da seleção em Copa do Mundo e viveu bons momentos na Europa.
Elano também passou pelo deslumbramento, tomou atitudes que hoje julga erradas, ficou mais rebelde e repensou a vida e a religião. O futebol também apresentou o álcool.
Eu não bebia. Meu pai nunca bebeu. Eu comecei a beber com 20 anos e bebi até os 30".
"O futebol te oferece muitas coisas e muito rápido. Eu cheguei no Santos em 2000, em 2002 eu fui campeão brasileiro, em 2003 fui vice-campeão brasileiro e vice da Libertadores, em 2004 eu fui campeão brasileiro de novo. Nesse período, já tinha sido convocado para a seleção de Ronaldinho, Ronaldo, Cafu e Roberto Carlos. Você imagina a reviravolta que dá. Você tem que tomar cuidado para não se perder. Se você não consegue filtrar e dar uma fechada na tua vida, ela toma rumos muito perigosos", desabafa em uma longa entrevista ao UOL Esporte, exibindo maturidade (e alguns fios de cabelos brancos).
Elano transita pelas várias reviravoltas da carreira e da vida: o jovem jogador, o homem da seleção no último título de Copa América, o amigo de Robinho, o arrependido por deixar o Manchester City antes da fase de glórias, o marido da Alexandra e, por fim, o treinador de futebol.