Uma pessoa de calça branca, bota de montaria e terninho impecável montada em lindos cavalos. Essa é a descrição de um atleta de hipismo, mas poderia ser de um príncipe encantado. O que separa a vida real do cavaleiro e dos galãs dos contos de fada são os bastidores. Para chegar à apresentação com seu cavalo perfeito, no entanto, é preciso enfiar a bota, literalmente, na lama. Quem explica a "vida real" do hipismo é um dos mais famosos cavaleiros do Brasil: Doda Miranda, medalha de bronze nos saltos por equipe das Olimpíadas de Atlanta e Sydney.
"Eu tive que tirar carteira de motorista categoria E para poder dirigir o próprio caminhão dos cavalos, porque o motorista de caminhão seria um gasto, ia sair do meu orçamento. As pessoas imaginam que é um esporte caro, imaginam um cavaleiro chegando num carro de luxo, chegando ali com a roupa impecável e a pessoa que cuida do cavalo trazendo o cavalo, aí você monta quase que sem suor. Na Europa, não existe isso. A gente tem que mostrar também muito esse outro lado. As pessoas talvez não abraçam o hipismo dessa forma e eu tenho convicção de que é por esse motivo: imaginar um príncipe chegando a cavalo", disse Doda em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
Aos 46 anos e morando no Brasil desde 2016, Doda criou um novo circuito no país, o Longines XTC. Afinal, um nome forte para atrair a atenção de investidores ele tem. Nesta nova fase, o cavaleiro recebeu a reportagem e falou sobre a carreira e assuntos mais pessoais como a relação com a filha Viviane, que criou e ajudou a lidar com a morte da mãe, passou pelo período delicado da separação com a bilionária Athina Onassis e ainda se abriu sobre o relacionamento com a jornalista Denize Severo, repórter do programa Amaury Júnior.