Gustavo Villani nunca imaginou que seria comparado ao maior narrador esportivo do país, Galvão Bueno. Há pouco mais de um ano na Globo, ele trabalha ao lado do ídolo e se destaca nas transmissões com jeito jovial, carisma e voz marcante. Para ele, há um exagero nesse rótulo de "novo Galvão", que beira a malícia e o incomoda.
"Num primeiro momento, eu achei graça porque não é plausível. Alguns acham que é o estilo, isso me honra. Ele e o Luciano do Valle têm uma importância enorme na minha vida. Agora, tem hora que eu acho injusto comigo porque eu estou só começando e não pedi para ter essa carga de comparação. Isso nunca partiu da TV Globo, nenhum chefe me falou: 'Você é o novo Galvão. Aguente essa carga'. Eu me descolo disso. Ele é muito grande e não vai existir um novo Galvão. Falando sério, eu acho importante as pessoas entenderem isso", ressalta.
Com a carreira ainda relativamente curta, somando 10 anos de narração, Villani tem a consciência de que ainda precisa de mais experiência como narrador. Para ele, falta narrar outros esportes, por exemplo. Por outro lado, também reconhece o trabalho feito para chegar onde está. "Apesar de ter sido rápido, eu me sinto preparado. Não cheguei de graça".
O narrador recebeu a reportagem do UOL Esporte em sua casa, no Rio de Janeiro, e conversou por quase 2 horas sobre a vida profissional e pessoal. O Gustavo Galvão Villani, que leva Galvão como ídolo, mas também no sobrenome, ainda falou da amizade com Casagrande, de seu jeito chorão e das tretas que presenciou no ar.