Oscar Schmidt chegou da padaria com sua mãe pela manhã, desceu do carro se queixando das dores do basquete e direcionou a reportagem do UOL Esporte à sala dos troféus da casa em que vive desde 1998, na região metropolitana de São Paulo. "Você não imagina o orgulho que tenho disso aqui", disse. O local é um santuário com detalhes que marcaram a carreira e vida pessoal do maior jogador de basquete do Brasil.
Todos os dias, Oscar senta no sofá branco, coloca uma música e fica admirando os objetos que ele mesmo organizou. Ele sabe a posição de cada caneca, medalha e rede de cesta. E permite que qualquer um toque em seus tesouros. Até mesmo no troféu do Mundial de clubes que venceu com o Sírio em 1979. Desde que o caneco dourado volte ao seu lugar, na mesma posição em que o visitante encontrou.
É de um prazer gigante estar aqui. Eu olho, penso: 'Aquele dia foi legal para caramba'. Fico relembrando cada conquista dos troféus. Para mim faz muito bem. Eu saio e penso: 'Porra, sou bom para cacete. Fui bom'".
Foi nesse sofá que o papo se estendeu até o início da tarde. Oscar refletiu sobre o quanto a pandemia afetou a sociedade brasileira, declarou que ainda não sabe em quem votará para presidente, disse que está curado do câncer no cérebro, se derreteu ao falar do irmão Tadeu Schmidt e comentou que daqui para frente, seu objetivo é ser um pai melhor.