Falcão, o rei do futsal, é, provavelmente, o craque com a carreira mais curta e vitoriosa da história dos campos de futebol. Em pouco mais de três meses, o jogador estreou pelo São Paulo, fez sucesso com críticos e público e ganhou dois títulos — um deles, meses depois de seu retorno às quadras de futsal.
Essa história é de 2005, quando o São Paulo conquistou o Campeonato Paulista e a Copa Libertadores pela última vez. Falcão fez seis jogos pelo tricolor, apenas um como titular. No principal torneio sul-americano, esteve em campo por pouco mais de 15 minutos. Mesmo assim, foi a principal tentativa dele em uma modalidade que o tirava da zona de conforto. Apesar das poucas oportunidades, até hoje ele e os torcedores mantêm uma 'pulga atrás da orelha': será que dava?
Eu estava feliz de voltar para o futsal. E logo depois o São Paulo foi campeão da Libertadores, foi campeão mundial. Torci muito, peguei um carinho muito grande pelo clube, pela torcida. Até hoje tem essa 'pulga atrás da orelha', mas não me dava vontade [de seguir no futebol]. Estava muito bem resolvido e feliz de voltar às quadras, que é o que eu nasci para fazer.
Nesta reportagem do UOL Esporte, o rei do futsal revisita sua carreira de 104 títulos e analisa a passagem pelo time do Morumbi, um plano ousado colocado em prática logo depois de ser eleito o melhor do mundo das quadras —ele abriu mão do status e de quatro patrocínios oriundos do prêmio máximo de 2004 para atuar nos gramados.
O craque poderia ter sequência maior no futebol, mas resolveu que não era para ele. Até hoje, não se arrepende. Há um ano e meio aposentado, Falcão tem agenda lotada, usa parte do tempo para brincar no YouTube e está feliz. Até recusou um convite para voltar a jogar.