A fluência não é tanta ainda, mas o dicionário de termos relacionados ao futebol brasileiro teve acréscimos de palavras como, criptoativos, NFTs e fan tokens.
Enquanto o significado de cada uma delas e, sobretudo, a função dentro do universo da bola ainda estão se popularizando, os clubes envolvidos — e os que ainda são observadores desse movimento — analisam as experiências feitas, miram novos testes e enxergam uma perspectiva de desenvolvimento futuro.
O mercado de ativos digitais entrou no radar dos clubes como uma nova fonte de receitas e um novo meio de interação e engajamento com o público do futebol, seja ele torcedor daquele time específico ou não.
Engana-se quem acha que já há uma mina de ouro diante dos dirigentes. A arrecadação ainda é incipiente na comparação com as principais receitas, como direitos de transmissão e venda de jogadores. Mas trata-se de uma aposta em um sistema ainda em desenvolvimento, volátil, mas no qual se enxerga potencial e tem trazido algum dinheiro novo.
Entre os que disputaram a Série A em 2021, pelo menos 11 clubes fizeram alguma ação relacionada a criptoativos. Os anúncios mais recentes foram o contrato do Internacional para venda de fan tokens e a nova coleção de NFTs do Atlético-MG.
Mas há algumas questões não respondidas. Qual o futuro desse mercado? Como o torcedor pode se beneficiar (ou se dar mal) com isso? O UOL Esporte aborda algumas tendências.
A adoção dos clubes está crescendo, mas ainda não está claro se estão entendendo o que estão fazendo. Não há grandes projetos ligados a essa frente, à exceção do Atlético-MG, que foi pioneiro nessa frente e continua investindo. Temos visto muitos anúncios de contratos, mas poucos planos executivos. Não significa que eles não existam, mas que estão pouco divulgados ou pouco elaborados. Em 2022, talvez a gente veja avançando mais", analisou Bruno Maia, CEO da Feel The Match e autor do livro "Inovação é o Novo Marketing".