Muitos desses torcedores veem seus sonhos virarem realidade no momento em que encontram seus ídolos dentro de um carro, mesmo que por poucos segundos. Isso acontece na porta de CTs, que muitas vezes parecem locais em que nada vai acontecer.
Esses torcedores apaixonados encaram sol, chuva, longa espera e até viagem perdidas. Tudo isso faz parte desse enredo, cuja a maior realização é uma foto, um autógrafo ou um simples cumprimento.
Muitas vezes, principalmente nesse período do ano, a chuva se torna uma grande vilã, depois de o sol forte se fazer presente por várias horas. E os torcedores precisam fugir dela, sem ter muito para onde ir - isso, claro, também acomete os repórteres. Diante dessas dificuldades, as poucas sombras e guias de calçada se tornam bons ajudantes desses apaixonados, que os utilizam para driblar também o cansaço.
No Corinthians, por exemplo, há poucas (ou quase nenhuma) alternativas para comprar comida ou água, ao contrário de Palmeiras e São Paulo, localizados na Barra Funda, onde há muitos pontos de comércio. Apesar das muitas dificuldades, os clubes costumam auxiliar de uma maneira ou de outra. Em todos os casos, nos intervalos entre os treinos realizados na parte da manhã ou à tarde, os torcedores costumam chegar até três horas antes das atividades.
Os profissionais da segurança geralmente fornecem copos de água aos torcedores sempre que solicitados. Acostumados com a presença de torcedores, eles até informam quantos jogadores faltam para chegar, ou se todos já chegaram para que ninguém fique aguardando sem necessidade.
Há também relatos de jogadores ajudando os apaixonados, como no caso do goleiro Tiago Volpi que, por mais de uma vez, comprou comida para o fã Edimar Picolé.
Além disso, quem já foi ao CT outras vezes costuma ir mais preparado. Eles carregam consigo lanches, águas, guarda-chuva e, principalmente, muita disposição para esperar os atletas. Alguns até preparam cartazes para chamar a atenção dos jogadores.