Eternizados

Olimpíadas de Paris foram marcadas por feitos históricos, brilho de veteranos e surgimento de novos astros

Guilherme Dorini Colaboração para o UOL Gabriel Bouys/AFP

As Olimpíadas de 2024 serão lembradas como uma edição marcada por feitos históricos e desempenhos inesquecíveis. Desde a consagração de atletas veteranos até o surgimento de novas estrelas, esta edição proporcionou momentos de pura emoção e superação. Em um cenário no qual tradição e inovação se encontram, Paris foi o palco de histórias que ecoarão para sempre na memória esportiva.

Confira uma lista elaborada pelo UOL com dez dos mais importantes feitos dos Jogos Olímpicos de 2024.

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Rebeca Andrade ganhou as medalhas de ouro e prata na ginástica artística em Tóquio e se tornou uma das principais estrelas do Brasil nas Olimpíadas. Foto: COB

Rebeca destrona Simone Biles

Em um dos momentos mais emocionantes de Paris 2024, Rebeca Andrade superou a lendária Simone Biles para conquistar o ouro no solo. Com uma performance de precisão, a brasileira marcou 14.166 pontos, superando Biles por uma margem mínima. A norte-americana pisou fora do tablado duas vezes em sua apresentação. Essa vitória solidifica ainda mais o status da brasileira como uma das maiores ginastas da história.

Rebeca, que ainda faturou duas pratas — no individual geral e no salto —, além de um bronze, por equipes, ainda teve seu momento eternizado na história das Olimpíadas ao ser reverenciada por Biles e Jordan Chiles no pódio. Ela ainda se tornou a maior medalhista da história do Brasil em Jogos Olímpicos, com seis conquistas.

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Mijaín López, uma lenda viva

Mijaín López, o gigante cubano do wrestling, alcançou o topo do "Olimpo" em Paris 2024 ao se tornar o primeiro atleta a conquistar cinco medalhas de ouro consecutivas na mesma categoria.

Competindo nos 130kg, López venceu a final de forma contundente, derrotando seu antigo parceiro de treino, Yasmani Acosta, do Chile, por 6 a 0.

A conquista foi ainda mais impressionante, considerando o fato de que López não havia competido desde os Jogos de Tóquio 2020. Ao final da luta, ele deixou suas botas no tapete, simbolizando sua aposentadoria do esporte, após uma carreira lendária que inspirou gerações de lutadores ao redor do mundo.

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Dono da casa deu show nas piscinas

Léon Marchand foi um dos grandes destaques da natação nas Olimpíadas de Paris. O jovem francês, de 22 anos, conquistou quatro medalhas de ouro, além de um bronze, estabelecendo-se como um dos maiores nomes da história olímpica de seu país.

Em um dos momentos mais marcantes, Marchand superou o recorde olímpico de Michael Phelps nos 400 metros medley — que reúne os quatro estilos. A marca durava quase 16 anos.

Além do 400m medley, Marchand também brilhou nas provas de 200m borboleta, 200m peito e 200m medley, conquistando o ouro nas três, além de anotar recordes olímpicos em todas. A medalha de bronze veio no revezamento 4x100m medley.

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O 'Golden Slam' de Djokovic

Novak Djokovic finalmente conquistou a tão sonhada medalha de ouro olímpica, completando a carreira com um dos poucos títulos que ainda faltavam em sua vasta coleção. Bronze em Pequim 2008, ele buscava o lugar mais alto do pódio desde então.

Aos 37 anos, Djokovic enfrentou o jovem fenômeno espanhol Carlos Alcaraz em uma final épica, no icônico palco de Roland Garros. Em uma partida marcada por dois tiebreaks intensos, o sérvio venceu por 7-6, 7-6, garantindo seu lugar na história como o quinto jogador a completar o "Golden Slam" — vencer os quatro Grand Slams (Aberto da Austrália, Wimbledon, Roland Garros e Aberto dos Estados Unidos) e a medalha de ouro olímpica ao longo da carreira. Não faltou emoção pelo lado do sérvio, que tremia e chorava copiosamente logo após a confirmação da conquista.

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Tebogo choca o mundo

Letsile Tebogo surpreendeu ao vencer a prova dos 200 metros. A conquista não só garantiu o primeiro ouro olímpico para o Botswana, mas também fez de Tebogo o primeiro homem africano a vencer a prova dos 200 metros em uma Olimpíada.

Superando os favoritos norte-americanos Kenneth Bednarek e Noah Lyles, que depois revelaria ter corrido com covid, Tebogo demonstrou uma clara superioridade na reta final da prova, mesmo desacelerando nos últimos metros para celebrar sua vitória.

A corrida de Tebogo foi uma das mais rápidas da história olímpica, colocando-o entre os três velocistas mais rápidos de todos os tempos nos 200 metros, atrás apenas de Usain Bolt e Michael Johnson. Com apenas 21 anos, ele já se estabeleceu como o novo rei da velocidade africana e uma das maiores promessas do atletismo mundial.

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Chinês pulverizou recorde mundial

Pan Zhanle entrou para a história ao conquistar o ouro nos 100 metros livre masculino, quebrando seu próprio recorde mundial com um tempo impressionante de 46,40 segundos. Este feito não só garantiu a primeira medalha da China nesta prova, como também estabeleceu um novo patamar na natação mundial.

O desempenho de Pan foi dominante desde o início da prova, onde ele liderou com uma vantagem clara e terminou um segundo à frente de Kyle Chalmers, da Austrália, que ficou com a prata, e de David Popovici, da Romênia, que levou o bronze. Essa foi a primeira Olimpíada do jovem de apenas 19 anos.

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Sueco nas alturas

Armand "Mondo" Duplantis consolidou sua posição como um dos maiores atletas de todos os tempos no salto com vara ao conquistar a medalha de ouro em Paris, quebrando seu próprio recorde mundial.

O sueco, que já havia assegurado o ouro com um salto de 6,00m, decidiu ir além e desafiou a marca que ele próprio estabeleceu em abril deste ano. Após duas tentativas frustradas, ele superou a altura de 6,25m em sua terceira tentativa, quebrando mais uma vez o recorde mundial.

Essa foi a nona vez que Duplantis estabeleceu um novo recorde mundial. Em Paris, ele se tornou o segundo atleta na história a ganhar duas medalhas de ouro olímpicas no salto com vara, seguindo os passos de Bob Richards, dos Estados Unidos, que conquistou o ouro em 1952 e 1956.

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Pescoço pesado

Zhang Yufei mostrou presença nos Jogos de Paris 2024 ao se tornar a maior medalhista desta edição, conquistando um total de seis medalhas, sendo uma de prata e cinco de bronze.

Embora não tenha conquistado nenhum ouro, ela conseguiu manter um alto nível de desempenho em múltiplas provas, incluindo os 50m livre, 100m e 200m borboleta, além de contribuir para as medalhas do revezamento 4x100m livre e 4x100m medley.

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Três vezes no alvo

Kim Woo-jin consagrou-se tricampeão olímpico no tiro com arco em Paris. Ele garantiu a vitória na final individual masculina em uma dramática disputa contra o americano Brady Ellison, decidida por apenas três milímetros de diferença no tiro de desempate.

Esse triunfo não apenas marcou sua terceira medalha de ouro em Paris - já que levou também pela equipe masculina e mista -, mas também consolidou seu lugar como o primeiro arqueiro a acumular cinco medalhas de ouro olímpicas na carreira.

Foi ele o responsável por eliminar o brasileiro Marcus D'Almeida, número um do mundo, nas oitavas de final da competição.

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França solidifica domínio

A França conquistou o bicampeonato olímpico no vôlei masculino ao vencer a Polônia na grande decisão. A vitória foi especialmente marcante, pois ocorreu em casa, diante de milhares de torcedores franceses que lotaram a arena para apoiar a equipe.

Subir no lugar mais alto do pódio solidifica ainda mais a posição da França como uma potência emergente no cenário mundial do vôlei masculino. Desde o ouro conquistado em Tóquio 2020, os franceses têm mostrado consistência e qualidade, e a conquista em Paris reforça o domínio da equipe.

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Os medalhistas brasileiros

  • Larissa Pimenta (bronze)

    A chave é acreditar: Larissa é bronze no judô depois de muita gente (até uma rival) insistir que ela era capaz.

    Imagem: Wander Roberto/COB
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  • Willian Lima (prata)

    Dom e a medalha de prata: Willian sonhava em ganhar a medalha olímpica, e com seu filho na arquibancada. Ele conseguiu.

    Imagem: Wander Roberto/COB
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  • Rayssa Leal (bronze)

    Tchau, Fadinha. Oi, Rayssa: Três anos depois da prata em Tóquio, brasileira volta ao pódio em Paris e consolida rito de passagem.

    Imagem: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP
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  • Equipe de ginástica (bronze)

    Sangue, suor e olho roxo: Pela primeira vez na história, o Brasil ganha medalha por equipes na ginástica artística. E foi difícil...

    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
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  • Caio Bonfim (prata)

    Buzina para o medalhista: Caio conquista prata inédita na marcha atlética, construída com legado familiar e impulso de motoristas.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Rebeca Andrade (prata)

    'Paro no auge': Rebeca leva 2ª prata, entra no Olimpo ao lado de Biles, Comaneci e Latynina, e se aposenta do individual geral.

    Imagem: Rodolfo Buhrer/Rodolfo Buhrer/AGIF
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  • Beatriz Souza (ouro)

    Netflix e Ouro: Bia conquista primeiro ouro do Brasil em Paris após destruir favoritas e ver TV.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Rebeca Andrade (prata)

    Ninguém acima dela: Rebeca ganha sua quinta medalha olímpica, a prata no solo, e já é recordista em pódios pelo Brasil.

    Imagem: Stephen McCarthy/Sportsfile via Getty Images
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  • Equipe de judô (bronze)

    O peso da redenção: Brasil é bronze por equipes no judô graças aos 57kg de Rafaela Silva.

    Imagem: Miriam Jeske/COB
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  • Bia Ferreira (bronze)

    A décima: Bia Ferreira cai para a mesma algoz de Tóquio, mas fica com o bronze e soma a décima medalha para o Brasil.

    Imagem: Richard Pelham/Getty Images
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  • Rebeca Andrade (ouro)

    O mundo aos seus pés: Rebeca Andrade bate Simone Biles no solo, é ouro e se torna maior atleta olímpica brasileira da história.

    Imagem: Elsa/Getty Images
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  • Gabriel Medina (bronze)

    Bronze para um novo Medina: Renovado após problemas pessoais e travado por mar sem onda, Medina se recupera para conquistar pódio olímpico.

    Imagem: Ben Thouard / POOL / AFP
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  • Tatiana Weston-Webb (prata)

    Ela poderia defender os Estados Unidos, mas fez questão de ser brasileira e ganhou a prata de verde e amarelo

    Imagem: William Lucas/COB
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  • Augusto Akio (bronze)

    Com jeito calmo, dedicação e acupuntura, Augusto Akio chegou ao bronze. Mas não se engane: ele é brasileiro

    Imagem: Luiza Moraes/COB
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  • Edival Pontes (bronze)

    Bronze sub-zero: Edival Pontes, o Netinho, conheceu o taekwondo quando ia jogar videogame; hoje, é bronze na 'categoria ninja'

    Imagem: Albert Gea/REUTERS
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  • Isaquias Queiroz (prata)

    Esporte de um homem só - Isaquias Queiroz segue soberano na canoagem e se torna 2º maior medalhista brasileiro da história olímpica.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Alison dos Santos (bronze)

    Piu supera tropeços em Paris, mostra que estava, sim, em forma e conquista seu segundo bronze olímpico.

    Imagem: Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images
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  • Duda e Ana Patrícia (ouro)

    Dez anos depois do título nos Jogos Olímpicos da Juventude, Duda e Ana Patrícia são coroadas em Paris

    Imagem: David Ramos/Getty Images, Luiza Moraes/COB e Gabriel Bouys/AFP
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  • Futebol feminino (prata)

    Prata da esperança - Vice-campeã olímpica, seleção feminina descobre como voltar a ganhar e mostra que o futuro pode ser brilhante.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Vôlei feminino (bronze)

    Evidências - Programada para o ouro, seleção de vôlei conquista um bronze que ficou pequeno para o que o time fez em Paris.

    Imagem: REUTERS/Annegret Hilse
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