Fernanda Venturini chegou para a entrevista com o UOL Esporte com os cabelos arrumados em uma trança e um vestido leve branco. Pode parecer um visual simples, mas não era. Fernanda tem o ar natural de mulher poderosa. Nem precisava, mas o cenário marcado para a conversa, o clube Caiçaras, um dos mais elitizados do Rio de Janeiro e com uma vista deslumbrante para a Lagoa Rodrigo de Freitas, só aumentou essa impressão.
O problema é que ela não gosta do ar autoridade que impõe. Acredita que parece ser antipática, um pouco nojenta, até, para quem não a conhece. Bastou cumprimenta-la para perceber que ela é bem mais acessível do que parece. Fernanda faz o tipo sincerona. Não pensa muito antes de falar, não tem medo de se expor e nem foge de qualquer assunto. Fala tudo na lata, gostem ou não.
Eu tenho sincericídio. Eu sou 100% sincera. Aí o Bernardo: 'Olha o que você vai falar, hein!' Tudo o que eu falo dá polêmica".
No meio de opiniões francas, ela se revela uma pessoa engraçada que mistura os assuntos com facilidade - e que, definitivamente, não tem questões com autoestima. Nessa entrevista, ela relembra a carreira como uma das maiores jogadoras de vôlei do país, polêmicas, o badalado casamento com Bernadinho e, claro, política.