No último dia 25, o coração de Diego Armando Maradona parou de bater, e milhões de pessoas no mundo começaram a bater cabeça para tentar entender por que este homem tão errático foi tão reverenciado. Como disse o uruguaio Ernesto Cherquis Bialo, um de seus biógrafos, o "planeta foi paralisado pela morte do menino da Villa Fiorito", bairro pobre de Buenos Aires onde o craque nasceu.
Diego jogou entre 1976 e 1997, e sua última Copa foi a de 1994. Só quem tem mais de 40 anos viveu seu auge com a bola nos pés, tema do especial do UOL Esporte. O legado nos gramados, porém, é apenas uma parte da esfinge Maradona. O Diego dos últimos anos, brigão e pacífico, gordo e magro, abusivo e abusado, se distanciou das glórias e deu lugar a uma rotina solitária e dolorosa.
Naquele que talvez seja seu conto mais famoso, Jorge Luis Borges, o maior escritor argentino de todos os tempos (há quem prefira Julio Cortázar), narra em "Funes, o memorioso" a história de um rapaz de vasta memória e escassa compreensão. A memória de Maradona cresce a cada instante. Ajudar a interpretá-la em dez perguntas é a tentativa do UOL Esporte a partir de agora.