Em três minutos, a vitória do "all-in"
Era tudo ou nada. As cartas na mesa já não bastavam. Os diversos nomes de peso no ataque sobravam, mas faltava encaixá-los. A soma de um bom time com um treinador dito de peso não dava o resultado esperado no primeiro semestre do Flamengo de 2019. Mas como mudar? O elenco já se desenhava qualificado demais. Reforçar o grupo era uma atitude ousada. Mais investimento, mais nomes e um risco assumido? Ou manter o grupo e acreditar que as coisas se acertariam com calma?
Sem paciência, o clube ousou. Jogou tudo que podia. E até o que não podia. Os europeus Rafinha, Filipe Luis, Pablo Marí e Gerson se juntavam a Arrascaeta, Bruno Henrique, Gabigol e outros tantos. Deu certo. Após pouco mais de seis anos de cautela e pés no chão para enfim juntar as fichas a jogar, o Rubro-Negro ultrapassou alguns limites. Optaram por "tudo", e foi praticamente uma jogada perfeita. O time enfileirou bons resultados, ganhou a tão sonhada Libertadores após quatro décadas —e muitas eliminações traumáticas— e praticamente assegurou o título Brasileiro após dez anos.
Na final, o River Plate, que chegou a "blefar" durante a semana, "levou" a primeira rodada na mesa, foi preciso ter paciência. E o até então impaciente Flamengo conseguiu. Devagar, reconhecendo que as cartas não eram favoráveis, desgastou o oponente. A situação era de extrema pressão, mas o time se resolveu em apenas três minutos, com um Gabigol decisivo, provando de uma vez por todas que a grande aposta tinha sido certeira. Com ousadia, dentro e fora de campo, o Flamengo, enfim, era novamente campeão da Libertadores.