Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Denílson e Didi; Cafuringa, Mickey, Cláudio Garcia e Lula. Assim o Fluminense de Paulo Amaral subiu ao gramado do Maracanã, lotado com 112 mil pagantes e muitos "caronas", como se dizia à época, para empatar por 1 a 1 contra o Atlético-MG, há exatos 50 anos, e conquistar o primeiro título do Campeonato Brasileiro — ainda chamado de Torneio Roberto Gomes Pedrosa — de sua história.
Aquela edição ficaria da maior competição de clubes do país ficaria marcada na história porque pela primeira —e última vez— todos os craques que haviam conquistado o Mundial do México, meses antes, desfilavam em gramados nacionais.
Enquanto o Brasil ainda vivia sob efeitos de um patriotismo forçado pela ditadura militar, o Tricolor tinha como herói um jogador com nome de um desenho estrangeiro e que chegou a ser incluído na lista de suspeitos do regime: Mickey, o "Artilheiro Paz e Amor".
Figura de fácil lembrança pelas características que lhe dão o apelido — nariz e orelhas grandes —, o atacante substituiu Flávio, artilheiro da equipe, na fase final e cravou para sempre na história do Flu e do futebol brasileiro.
Primeiro time a receber o apelido de "Máquina Tricolor", o Fluminense já havia conquistado o Campeonato Carioca e a Taça Guanabara entre 1969 e 1971. E na década seguinte, em 1984, levantaria seu segundo troféu do Brasileirão. O Flu ainda foi campeão brasileiro em 2010 e 2012.