A agonia após o terceiro pênalti defendido por Cevallos se transformou, 15 anos depois, na euforia por, enfim, poder gritar: o Fluminense é campeão da Libertadores!
Dessa vez, não teve trauma. Não teve vilão. O Maracanã foi palco do episódio mais glorioso da História tricolor. A tão aguardada e ansiada conquista continental agora se materializou na taça erguida pelos capitães Nino e Felipe Melo, depois da vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors, na prorrogação.
Uma apoteose em três cores moldada por vários elementos, como o técnico Fernando Diniz, o artilheiro Cano — sempre implacável, autor de um dos gols hoje (4) — e outras figuras experientes, como Felipe Melo, Ganso e Fabio.
Ah, e claro, esse título também tem o DNA de Xerém — de diversas épocas, diga-se. Ele está expresso em um dos mais talentosos que saíram da fábrica de craques do Flu, como Marcelo, e dos mais novos com futuro muito promissor, como André e John Kennedy. Coube ao camisa 9 ser o autor do gol decisivo, na prorrogação.
O Fluminense fez uma campanha com jogos para a eternidade, como os 5 a 1 sobre o River Plate no Maracanã. Embora tenha passado também por momentos de instabilidade, engrenou quando necessário. Viveu emoções intensas em uma classificação com gol no fim diante do Argentinos Juniors e uma virada épica na semifinal contra o Internacional.
No fim, a conquista em casa — o primeiro a ter esse privilégio na era das finais únicas da Libertadores —, contra uma das camisas mais pesadas do continente, é um prêmio que consagra o time, as ideias do seu treinador e a eficiência da construção desse projeto.
"Vamos, tricolores, chegou a hora, vocês ganharam a Libertadores!" O canto da torcida virou realidade.