Há muita expectativa dentro do clã Fittipaldi. O sobrenome histórico do automobilismo nacional já está de volta à Fórmula 1, com a promoção de Pietro a piloto reserva da Haas, única equipe norte-americana da categoria. O neto de Emerson é hoje, aos 23 anos, o primeiro brasileiro na fila para ganhar uma vaga no cockpit.
No momento em que der a partida para uma corrida de F-1, seria o quarto integrante da família a desfrutar dessa honraria e adrenalina. Seria um recorde, depois de os pioneiros Emerson e Wilsinho desbravarem as pistas nos anos 1970. Duas décadas depois, foi a vez de Christian, filho de Wilson, a competir em alta velocidade.
Se o sobrenome Fittipaldi parece uma vantagem natural a qualquer candidato a piloto, a trajetória de Pietro rumo ao badalado e caríssimo campeonato não foi tão natural assim. Nascido em Miami, ele demorou a correr com monopostos. A tradição nos Estados Unidos, mesmo nas categorias menores, é voltada aos carros da Nascar.
A família, porém, teve influência decisiva para que, no meio do caminho, ele mudasse de direção, procurando novo endereço na Europa. A transição deu certo, e aqui está Pietro Fittipaldi à espera uma vaga. E o intrigante é que a ansiedade do clã não só se resume às chances do piloto da Haas. Seu irmão mais jovem, Enzo, de 18 anos, treina pela academia da Ferrari. O que permite ao clã sonhar grande.
Esse é o meu sonho desde pequeno, o de correr na F-1. Não só pilotar um carro de F-1, mas estar em um grid correndo. E o sonho de verdade, mesmo, seria correr junto com o Enzo. Seria top."
Para matar a vontade, por enquanto, com o mundo do automobilismo também em suspenso devido à pandemia do novo coronavírus, os irmãos se contentam com corridas virtuais. Na residência da família nos Estados Unidos, cada um tem um equipamento sofisticado em seus quartos.
"A gente está fazendo isso agora, mas no simulador, porque ele tem um no quarto dele e eu tenho um no meu. Já estamos meio que simulando isso daí, essa possibilidade."