Aos 35 anos e com seis títulos da Fórmula 1 no bolso, Lewis Hamilton poderia estar começando a cogitar a aposentadoria. Até porque, em 2022, a categoria passará por uma grande revolução técnica e todos vão começar do zero. Mas ele negocia a renovação com a Mercedes de olho no próximo desafio: encarar uma nova — e fortíssima — geração de pilotos.
Os postulantes a derrubar o domínio do inglês, que venceu cinco dos últimos seis campeonatos, são acostumados aos modernos simuladores, agressivos na medida certa e rápidos: não por acaso, são uma safra que não precisou de muito tempo na categoria para se afirmar. Eles são mais de 10 anos mais novos que Hamilton em sua maioria e vêm, como o próprio inglês costuma dizer, cheios de "novos truques". Mas quem vai prevalecer?
Esses caras mais novos estão chegando cada vez mais agressivos. Então você tem de trabalhar dobrado. Mas não me sinto velho. Sinto-me mais jovem do que nunca, mais em forma do que nunca. Tudo simplesmente funciona melhor para mim agora pela experiência que eu tenho".
Lewis Hamilton
Atrasada em mais de três meses pelo coronavírus, a temporada 2020 da Fórmula 1 começa neste fim de semana, no GP da Áustria. Ainda que a estabilidade das regras em relação ao ano passado indique que Hamilton deve continuar com o melhor carro, a pandemia gerou mudanças que vão gerar desafios para as equipes. O calendário será muito mais corrido e o desenvolvimento dos carros estará praticamente congelado, como uma das medidas para frear os gastos.
Isso joga várias incertezas na temporada, mas de uma coisa não se pode duvidar: os jovens não vão aliviar nas disputas com o hexacampeão. Principalmente Max Verstappen, que já avisou: "Hamilton é muito bom, mas não é Deus. Na F-1, você depende muito do seu carro. Mas quando você consegue colocar o líder sob pressão, as coisas ficam mais difíceis para ele."