Quando você ouve mercado da bola, do que você se lembra? Os corintianos podem falar da ousadia do Corinthians ao tirar Alexandre Pato do Milan em 2013. Os santistas preferem esquecer o acerto bombástico com Leandro Damião. Flamenguistas comemoram a milionária chegada de Arrascaeta no ano passado, enquanto palmeirenses tentam entender o que deu errado com as chegadas de Lucas Lima ou do colombiano Borja.
Em comum, todas essas negociações eram exemplos de um mercado da bola em alta, com altas cifras investidas nos jogadores contratados. Em 2020, tudo isso esfriou. Até o momento, os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro fizeram, somados, 173 contratações — é uma queda expressiva em relação às 243 aquisições de atletas de 2019. O movimento de queda é encabeçado pelos 12 clubes considerados de maior tradição, que contrataram, até agora, neste ano, 42 jogadores, menos da metade dos 106 do ano passado.
A recessão tem uma série de explicações, a mais evidente delas é o momento financeiro que vários clubes atravessam. Elencos inchados, investimentos altos em anos anteriores e queda em receitas forçam equipes a tirar dos jogadores que já estão "na casa" o rendimento sonhado. Há, claro, exceções. O Flamengo segue investindo (de forma sustentável) e clubes com histórico menos vitorioso roubam a cena a dão sinais de que irão incomodar na temporada.