Dentro de campo, o ex-volante Gilmar Fubá, que morreu ontem (15), aos 45 anos, não era nenhum grande craque. Longe disso. Segundo suas próprias palavras, era do tipo que fazia o "serviço sujo": sua função era marcar duro e não deixar de pé os jogadores mais talentosos dos times adversários. Fora das quatro linhas, Fubá também tinha sua marca registrada, essa um pouco mais refinada. Um grande contador de causos que também fazia os ouvintes caírem — dessa vez na risada.
Ídolo do Corinthians com 131 jogos e quatro títulos (Paulistão de 1997, Brasileirão em 1998 e 1999 e o Mundial de Clubes de 2000), ele também jogou no Fluminense e teve passagens pelo futebol da Coreia do Sul e Qatar.
De origem muito humilde — a ponto de o apelido Fubá estar relacionado à mamadeira com água e farinha à base de milho dada pela família na falta do leite —, o ex-jogador foi destinado a romper os padrões. Levava humor às entrevistas, algo impossível pela padronização do media training (um treinamento para que o jogador consiga lidar com a imprensa, mas que acaba levando os entrevistados a, muitas vezes, darem apenas respostas ensaiadas) dos dias atuais. Fubá vai ficar marcado por visões de mundo muitas vezes controversas..
O UOL Esporte conta como foi o fim da vida de Fubá, que morreu lutando contra o câncer, conversa com seus amigos e relembra algumas das passagens do volante que tão bem representou o clichê "bola pro mato que é jogo de campeonato".