Quem vê Reinaldo Gottino com seu terno e gravata impecáveis na televisão pode nem imaginar que um dos nomes mais falados nas últimas semanas do jornalismo televisivo já levou para a casa dos telespectadores bola na rede, brigas de torcida e títulos no futebol. Gottino nasceu no esporte e na rádio.
Antes de parar na bancada dos telejornais, cobriu Palmeiras, São Paulo, Corinthians e até parou na delegacia ao ser atacado por cambistas. Como os jogadores de futebol que ele acompanhava, Gottino também "anunciou a aposentadoria" dos campos. Saturado da rotina do jornalismo esportivo, trocou de área. Foi a primeira de muitas mudanças na carreira de Gottino.
"O esporte e o rádio são duas escolas que te preparam pra fazer qualquer coisa na televisão. Se você buscar, Faustão: fez rádio e esporte. Aí, você vai buscar o Datena: fez rádio, fez esporte".
A lista das grandes coberturas da carreira tem Jogos Olímpicos e tragédias como a da Chapecoense e a da Boate Kiss, incluindo algumas eleições. Fazendo tudo isso, comandou o Balanço Geral, da Record, que vencia a Globo na audiência, principalmente por um quadro de entretenimento focado na vida das celebridades.
A última das mudanças foi há menos de uma semana. Gottino deixou a CNN após oito meses no canal fechado e está de volta à Record. O bate-papo com o UOL aconteceu antes mesmo do retorno à antiga emissora. Na conversa, o âncora falou sobre esporte, o time do coração, carreira, religião e temas mais delicados, como a polêmica com Gabriela Prioli.