No dia 11 de junho de 2000, Gustavo Kuerten levantou o troféu de Roland Garros pela segunda vez. Uma conquista que veio após vitórias duríssimas sobre Yevgeny Kafelnikov, Juan Carlos Ferrero e Magnus Norman, três dos tenistas mais perigosos no saibro naquela temporada, três rivais que já haviam ocupado ou ainda subiriam aos postos mais altos do mundo. Um feito que hoje o próprio brasileiro chama de seu primeiro Roland Garros real. Calma: não é que tenha se esquecido ou que agora menospreze a conquista histórica de três anos antes.
Em 1997 foi fantasia. Podia ser só o acaso e aquele acaso único da minha carreira. Em 1999, eu fiz quartas de final em Roland Garros, Wimbledon e no US Open. Era: 'Tá chegando'. Ao mesmo tempo, entre o 'tá chegando' e o 'acontece', às vezes tem uma distância enorme."
A conquista no ano 2000 em Paris trouxe legitimidade ao tênis que praticava e colocou Guga em outro patamar Era o último degrau antes do salto para desafiar Andre Agassi e Pete Sampras e, aí, sim, ele também assumir a liderança do ranking. "Ali a minha carreira muda da água para o vinho. Estar satisfeito por ficar entre os melhores, ser dez do mundo, aparecendo no Finals, estar entre esses caras.... Ok, legal, mas agora vem o extra, o último passo que falta, que era ser número um do mundo e que Roland Garros meio que sela, traz o carimbo de que era uma questão de tempo e que isso iria acontecer."
Para comemorar e dar os parabéns ao catarinense de 43 anos, o UOL Esporte preparou este especial, revivendo desde os torneios de aquecimento e a preparação para o slam parisiense até os 11 dramáticos match points no derradeiro duelo com o sueco Magnus Norman.