O período de domínio do São Paulo no futebol brasileiro e continental vai ficando cada vez mais distante na memória do torcedor. A rescisão do contrato de Hernanes, selada ontem (16), também significou a saída de um dos últimos remanescentes de uma época em que os são-paulinos se autointitulavam "soberanos".
A autoestima elevada se justificava pelo que acontecia em campo. Em um período de quatro anos, entre 2005 e 2008, o São Paulo conquistou a Libertadores, o Mundial, um Campeonato Paulista e um —ainda inigualável— tricampeonato brasileiro. Hernanes foi peça importante de dois dos títulos nacionais.
Ao se despedir do clube pela terceira vez, o meia deixa o zagueiro Miranda como o último bastião dos tempos de glória —lembrando que o técnico Muricy Ramalho ainda dá expediente no CT da Barra Funda, mas como coordenador.
Antes de sair, Hernanes contribuiu para algo que incomodava os torcedores cada dia mais: encerrar jejum de oito anos sem conquistas.
Mesmo pouco utilizado na reta final, ele participou de sete partidas da conquista estadual. Sem entrar em campo desde o dia 1º de junho, Hernanes fechou acordo com a diretoria para encerrar sua história com a camisa do São Paulo.