Eles são torcedores e ao mesmo tempo comunicadores. Produzem conteúdo sobre o time do coração para outros torcedores, mas circulam em meio a jornalistas que não se manifestam sobre o assunto. Alcançam grande público com desabafos viscerais, mas na maioria das vezes sabem o peso das palavras.
Se você não acompanha ou ouviu falar, prazer: eles são tendência da comunicação, uma nova vertente do jornalismo esportivo como influenciadores digitais. Ou, se preferir, blogueiros, vloggers, youtubers, influencers... produtores de conteúdo que se conectam aos usuários de plataformas e redes sociais e conquistam esse público falando sobre um tema em que são, alegadamente, especialistas.
Neste caso, os times que torcem.
"Não me imagino numa bancada do SporTV ou ESPN falando com o público, não. É um papo de igual para igual e eu acho que isso cativa o torcedor. Se o cara quer ver uma análise tática ele vai ver o PVC. No meu canal ele quer ver o ignorantão, o cara que fala com a mão, que fala cuspindo", diz Rogério Barolo, influencer são-paulino.
A conversa direta com o torcedor é um mérito — e os seis representantes dessa nova vertente da comunicação que conversaram com o UOL Esporte a valorizam muito. Mas os perigos caminham ao lado, como a credibilidade do conteúdo e até tipo de reação que um vídeo mais enraivecido pode causar. Como em todo novo fenômeno, reflexões são fundamentais, o que não vale é ignorar sua existência.