Jimmy Butler é um vencedor. Aos 31 anos, encontrou no Miami Heat o time perfeito para sua ambição e finalmente conseguiu chegar onde nunca esteve: a quatro vitórias do título da NBA. É alguém acostumado a desafiar as probabilidades, afinal, a vida começa antes do basquete. Para quem foi abandonado pelo pai e depois expulso de casa pela mãe, ser o azarão nas finais contra o Los Angeles Lakers é até bastante confortável.
O astro do Miami Heat é como dois homens em um só. Um cara inabalável, de estilo simples e sorriso malandro que vira uma fera em quadra e faz o que for preciso para ganhar. Ele brigou a vida inteira para disputar os jogos que agora tem pela frente. Entre a tranquilidade e a fome de vencer, lidera a campanha surpreendente do Heat que agora quer pregar mais uma peça em quem acredita em favoritismo: vencer LeBron James e os Los Angeles Lakers na série decisiva que começa às 22 horas (de Brasília) de hoje (30) - com transmissão da Band e da ESPN, que você pode assistir assinando o UOL Esporte Clube.
Batizado como Jimmy Butler III, o astro do Heat nasceu na pequena cidade de Tomball, nos arredores de Houston, no Texas. O pai biológico nunca se incomodou em criá-lo e a mãe expulsou o futuro jogador da NBA de casa quando ele tinha 13 anos. Ele só voltou a ter uma casa quatro anos depois, quando foi adotado pela família de um colega do time de basquete da escola. O jogador não gosta de tocar no assunto. Negou várias vezes que não tinha onde morar, mas não dá detalhes sobre a história. Diz que atualmente está "em bons termos" com a mãe biológica.
Confiante por natureza, mas não falastrão, quando Butler promete que vai competir, é difícil de duvidar. Uma entrevista dada em julho ilustra bem o caráter imperturbável: "Nós não nos importamos com estatísticas, com fama, com nada disso. Só nos importamos em ser campeões. E estou te dizendo: é por isso que jogamos como estamos jogando". A frase foi dita há dois meses e soou como discurso vazio. Hoje, ninguém mais pode desmerecê-la. A segurança de Jimmy Butler é tão grande que ele parece saber de alguma coisa que todos nós desconhecemos.