A Libertadores virou uma obsessão dos clubes brasileiros. Ano após ano, as equipes se reforçam com o objetivo de levantar a taça. Como não dá para ganhar sempre, o que fica pelo caminho são frustrações e novos carrascos para assombrar o imaginário do torcedor. Há 60 anos, o Brasil conhecia o seu primeiro.
José "El Nene" Sanfilippo foi revelado nas categorias de base do San Lorenzo e por lá ficou até 1962. Na primeira Libertadores, seu caminho cruzou com o do Bahia. E ele não perdoou. Com três gols em cinco jogos, o atacante foi o responsável pela eliminação da primeira equipe brasileira a disputar o torneio continental.
A diferença daquela vez é que o carrasco não deu pesadelos, mas incentivou sonhos apaixonados nos torcedores rivais. Os baianos se encantaram com o rapaz que brilhou nos gramados da Fonte Nova. Alguns anos depois, Sanfilippo voltou à Bahia, mas dessa vez como reforço. De algoz, virou ídolo.
"No início dos anos 1960, Sanfilippo talvez tenha sido um dos jogadores mais importantes que passou pelo futebol brasileiro. Todo mundo que o via jogar se impressionava", ressalta o escritor Nestor Mendes Jr., autor do livro "Bahia Esporte Clube da Felicidade - 70 anos de Glórias".