Imagine um prédio de quase cinco andares de altura. Agora, pense em uma montanha de água desse tamanho vindo em sua direção. É mais ou menos isso que uma onda no litoral sul de Santa Catarina, a Laje de Jaguaruna, proporciona para os surfistas que a desafiam.
Essa onda específica fica em uma laje. Não aquelas da construção civil: lajes marítimas são trechos rochosos elevados no meio do mar em áreas predominantemente de fundo arenoso. Quando acontecem em posição geográfica específica, levando em conta correntes marítimas, regimes de vento e clima, criam ondas ideais.
É aí que entra a Laje de Jaguaruna: relatos de surfistas locais apontam ondas de até 15 metros vistas por lá — as maiores já surfadas e registradas teriam 13,5 metros. Podem ser as maiores ondas do Brasil. Há em andamento um estudo, contratado pelo município de Jaguaruna, para mensurar o tamanho das maiores ondas fotografadas e filmadas por lá. A intenção é comprovar a façanha e, assim, oficializar Jaguaruna como a "capital da maior onda do Brasil".
"O mundo do big surfe já conhece e sabe do potencial dessa onda. A ideia, agora, é mostrar para todos o que realmente ela tem de diferente e proporcionar momentos ainda não vistos em águas brasileiras", diz o surfista Thiago Jacaré, um dos desbravadores da Laje da Jagua —como é conhecido o local.