Existe um ditado popular que diz que "santo de casa não faz milagre". A história do zagueiro Léo Ortiz, do Red Bull Bragantino, permeia e agrava tais palavras. Revelado pelo Internacional e filho de um ídolo do futsal colorado, o defensor precisou deixar o Beira-Rio literalmente pela porta dos fundos para encontrar seu caminho no futebol.
O pai do defensor foi um histórico pivô das quadras no Inter e campeão mundial pela seleção em 1992. A história familiar, no entanto, de nada serviu para Léo Ortiz, que sempre teve que provar que estava no Colorado por méritos próprios.
Marcado pelo torcedor logo em seu primeiro ano como profissional, Ortiz perdeu espaço no decorrer da temporada mesmo bem-visto pela comissão técnica. Acabou emprestado ao Sport no ano seguinte, mas não deslanchou no Nordeste.
Quando voltou, aceitou o convite de Antônio Carlos Zago, técnico responsável por alçá-lo ao profissional, para disputar o Paulistão pelo Red Bull Brasil. O destaque fez o time lutar para ficar com o defensor, enquanto o projeto Red Bull Bragantino convenceu o atleta a ficar - mesmo com propostas de clubes grandes.
De lá pra cá, cresceu e se consolidou como um dos bons zagueiros do Brasil. Longe do Beira-Rio, seu futebol desabrochou no clube que aposta nos jovens, e sua liderança em campo lhe rendeu a faixa de capitão e o status de líder em um dos clubes mais ambiciosos do futebol nacional hoje em dia.