Ronaldo, o melhor jogador do mundo em 1996 e 1997, voltava de lesão depois de quase cinco meses. Era um retorno que tinha tudo para ser triunfal. Era a final da Supercopa da Itália contra a Lazio e ele entra em campo aos 13 minutos do segundo tempo para a alegria da torcida da Inter de Milão, que anseia por ver mais uma vez as suas arrancadas desconcertantes e gols decisivos. Num estalo, tudo mudou naquele 12 de abril de 2000.
Esse estalo, que foi ouvido por quem acompanhava a cena, era do joelho direito do atacante, que, depois de uma arrancada, desabou no gramado chorando e foi retirado de maca. Os jogadores rivais e companheiros de time colocaram as mãos na cabeça. As imagens repetidas, à exaustão na época, da patela do joelho direito de Ronaldo saindo do lugar ficam na memória até hoje. A lesão era grave.
O Fenômeno foi operado na França, fez quase dois anos de fisioterapia e voltou a brilhar, mostrando que o apelido não poderia ser mais adequado para o que faria na Copa do Mundo de 2002 — com o pentacampeonato da seleção brasileira, a artilharia do mundial e seu terceiro título de melhor do mundo da Fifa.
20 anos depois, o UOL relembra os dias de aflição passados por Ronaldo Fenômeno ao enfrentar a segunda lesão no mesmo joelho em menos de um ano. E discute com especialistas como aquela lesão mudou como médicos e fisioterapeutas tratam casos semelhantes atualmente.