Próximo de conquistar seu sexto título mundial e a menos de 10 vitórias de igualar o recorde de Michael Schumacher que poucos acreditavam que seria batido, Lewis Hamilton é a única estrela verdadeiramente global da Fórmula 1. O piloto faz aparições frequentes ao lado de celebridades e navega também o universo da moda, tanto como ícone de estilo, quanto como estilista — ele já desenhou três coleções para a tradicional marca norte-americana Tommy Hilfiger. Mas o inglês de 34 anos está cada vez mais ligado a um mundo bem diferente da ostentação usualmente ligada ao glamour dos ricos e famosos e à própria Fórmula 1.
O meio ambiente vem se tornando, nos últimos anos, a principal bandeira do piloto. Tudo começou com a adoção de uma dieta vegana em 2017, influenciada por sua fisiologista Angela Cullen. Depois, vieram as coleções de moda dando prioridade a produtos sustentáveis, a participação no documentário "The Game Changers" (disponível na Netflix), em que o inglês se juntou a outros atletas no filme sobre o impacto positivo que uma dieta à base de plantas tem na performance esportiva, e a inauguração do que ele espera que se torne uma cadeia de hambúrgueres veganos. Além disso, Hamilton tem utilizado suas redes sociais para divulgar casos de maus tratos a animais, a poluição das águas do mar com lixo e o fogo na floresta amazônica.
Tudo isso entre uma viagem de avião e outra, uma corrida de Fórmula 1 e outra. E, por isso, Hamilton recebeu muitas críticas. Ele sabe que a indústria que lhe deu a fama não é um grande exemplo em preocupação com o meio ambiente, mas acredita que isso não o impede de tentar fazer a diferença.
Em entrevista ao UOL Esporte, o virtual campeão da temporada criticou a inabilidade da Fórmula 1 em lidar com questões de sustentabilidade e contou como quer se tornar o instrumento de mudança de uma das maiores empresas do ramo automobilístico do mundo.