O nome de Luis Fabiano já está escrito na história do São Paulo. Hoje aos 39 anos, sem jogar há quase três, ele atingiu a independência financeira há tempos. São vários os motivos para querer aproveitar a vida com as três filhas em Campinas, longe do futebol, ainda mais depois de uma lesão complicada. Mas, não, para ele ainda não é hora de adicionar o "ex" ao seu currículo. Não quer ser visto como um ex-atacante.
A pandemia atrapalhou um pouco, mas o artilheiro, naturalmente uma pessoa mais reclusa, ainda acorda cedo todos os dias para enfrentar as dores de uma longa carreira em alto rendimento, voltando de uma segunda cirurgia no joelho. Detalhe: ele está sem jogar desde novembro de 2017, quando defendia o Vasco.
Neste intervalo, Luis Fabiano acreditou que voltaria às raízes, para vestir a camisa da Ponte Preta. Ficou perto de um acordo, mas acabou não acontecendo. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o veterano falou sobre essa negociação frustrada e o desejo de voltar a subir as escadas do Morumbi, ao lado do amigo Daniel Alves e ao som da torcida gritando seu nome, de peito estufado. Assim como ele acredita que tenha fôlego para fazer pelo menos mais um gol pelo Tricolor paulista. E —por que não?— também receber uma última advertência da arbitragem.
"Fui pego de surpresa com essa lesão, com essa operação. Tinha um objetivo e um plano traçado na cabeça. Se tudo desse certo, era cumprir o contrato com o Vasco e, de repente, voltar pro São Paulo e encerrar a carreira lá. Esse era o melhor dos mundos. Coloquei na cabeça que eu tinha que terminar a carreira jogando, dentro do campo. Eu não aceito essa situação que estou vivendo", diz.
É entrar no campo, fazer um gol, tomar um amarelo e sair [risos]."