Por quase dois anos, Magno Navarro quebrou a cabeça para se reinventar diariamente em um programa de TV com duas horas de duração. Fazer humor todos os dias é difícil, e ele conta que produziu roteiros que nunca imaginou que conseguiria entregar. Eram quadros engraçados com imitações e boas sacadas.
Tudo estava indo bem. Mas em determinado período, Magno só queria ir para o seu apartamento no Rio de Janeiro e fechar a porta do humor. A última coisa que o comediante queria era sorrir. Ele esperava o próximo dia chegar, angustiado para, então, tentar produzir algo novo.
Esses eram os velhos e conhecidos sintomas da depressão que ele trata há 13 anos e que lhe provoca crises em períodos diferentes de sua vida. Mesmo nos melhores momentos da carreira, o comediante se sentiu incapaz e lidava com a autossabotagem.
Magno sempre se considerou um palhaço, alguém cujo principal talento é fazer os outros rirem. É a principal ferramenta dele para se aproximar das pessoas. Agora, ele tenta aprender o que fazer quando o riso se desfaz dentro de seu próprio rosto.