Marcelinho Paraíba tem o futebol no sangue. E não é jeito de falar. O pai, Pedrinho Cangula, foi jogador. A bola foi passando de geração em geração e a alegria de jogar é tanta que o mais famoso deles demorou a dizer o difícil adeus. A carreira de Marcelinho chegou ao fim apenas no último dia 15 de março, aos 44 anos.
Nada parou o meia em quase 30 anos de carreira. Nada mesmo. Nem o maior susto para ele, um acidente vascular cerebral que poderia não só colocar um fim à carreira, como ter deixado sequelas graves. "15 dias depois eu voltei a jogar", contou ao UOL Esporte. "Minha saúde está excelente, poderia continuar jogando. Não tenho a mesma velocidade de quando eu jogava no Hertha, mas meu físico ainda é muito bom. Resolvi para agora não por saúde ou condicionamento físico e sim porque queria começar uma nova carreira como treinador", completou.
A longa carreira, com mais de 20 mudanças de clubes, foi cheia de títulos e polêmicas — que Marcelinho admite se arrepender. O agora ex-jogador mora na Paraíba e quer viver a vida como, muitas vezes, não conseguiu quando estava na ativa: tranquilamente. Em entrevista ao UOL, falou de religião, de arrependimentos e do sonho de virar treinador.