Ele tinha reputação de reserva, mas não se conformou e no fim acabou eleito o melhor zagueiro da Copa de 1994. Formando a dupla de zaga com Aldair, Márcio Santos saiu de alternativa a titular e participou de todos os jogos do Mundial dos Estados Unidos, inclusive com um gol marcado na vitória sobre Camarões.
Aposentado dos gramados há cerca de 15 anos, o ex-zagueiro ainda acompanha de perto o futebol, ao atuar como coordenador em categorias de base, rechaça a possibilidade de se tornar treinador e foca na formação de gestão na CBF Academy. E, do alto do status de campeão mundial, não fica na defesa na hora de analisar o momento desafiador da seleção atual.
Nesta entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o ex-jogador de São Paulo, Botafogo, Inter, Atlético-MG, Santos, Ajax, Fiorentina e Bordeaux não poupou críticas a Neymar e Tite. Márcio Santos ainda destacou a falta de ídolos do futebol brasileiro atual e defendeu o nome do português Jorge Jesus para o time nacional.
Com longa ficha de serviços à seleção (43 partidas, com 26 vitórias, dez empates e sete derrotas), o ex-zagueiro ainda revelou mágoas com o narrador Galvão Bueno e com o treinador Paulo César Carpegiani — com quem teve dificuldades de relacionamento no São Paulo.