Quando recebeu o UOL na sede do Fluminense, dois dias depois do título da Libertadores, o celular do presidente Mário Bittencourt estava lotado de mensagens elogiosas, que o colocavam em um pedestal alto. Bem alto.
Uma delas era do técnico Odair Hellmann, contratado pelo Flu para o início da temporada 2020, ainda no primeiro dos dois mandatos do presidente atual:
Deus abençoou o grande trabalho que tu fez desde a primeira reunião que te conheci em Teresópolis. Pra mim, tu é, sim, o maior presidente da história do Fluminense. Te encontro em Jeddah".
A referência é à cidade da Arábia Saudita sede do Mundial de Clubes da Fifa 2023. Se Odair cumprirá a promessa de aparecer por lá, não dá para saber ainda. Mas Jeddah é o ponto de convergência das muitas versões de Mário Bittencourt, construídas em uma relação intensa com o Fluminense.
Além de uma vida como torcedor do Flu, paixão herdada do pai, trata-se de uma história de 25 anos. Ela começou com o estagiário no jurídico do clube e nesta reta final de 2023 tem o ápice: presidente na conquista inédita da Libertadores e na disputa do Mundial de Clubes.
Seria mesmo ele o maior?
Mário aponta para um quadro na parede do escritório: "O maior presidente da história do Fluminense é aquele ali", disse, referindo-se a Oscar Cox, fundador do clube.
Mas quando o tempo passar e eventualmente alguém colocar a foto de Mário Bittencourt no museu, o que será contado sobre esse estagiário que virou presidente?