Eles têm praticamente se revezado no topo da lista de melhores jogadores do mundo nos últimos onze anos. A rivalidade que mantêm entre si expandiu os limites conhecidos do esporte. Seus dribles viraram gols, que viraram vitórias, que viraram títulos, que se traduzem em uma hegemonia poucas vezes vista na história dos esportes coletivos. Muitos acham que Lionel Messi é melhor; muitos acham que Cristiano Ronaldo é melhor. Mas todos concordam que os dois atingiram um patamar único, acima dos outros.
É possível agradecer por estar vivendo na mesma época de dois dos maiores jogadores de futebol que já existiram. Uma época em que suas jogadas são filmadas de todos os ângulos possíveis, registradas para a eternidade. Uma época que, talvez, tenha chegado ao fim.
A Liga dos Campeões que acabou ontem (23), com um avassalador Bayern de Munique campeão após vitória sobre o PSG, foi a primeira desde 2005 sem Cristiano nem Messi ao menos nas semifinais. Os quatro gols de Ronaldo e os três de Messi os deixaram pela primeira vez em doze anos longe do topo da artilharia do torneio. Suas estatísticas individuais pioraram, e o fracasso coletivo na Champions levou os dois a repensarem onde e como passarão os últimos anos de suas carreiras.
Enquanto Messi e Ronaldo buscam uma reinvenção, outros nomes nomes disputam o protagonismo dos novos tempos. Mesmo sem a taça da Champions, Neymar e Mbappé lideram a corrida, além de jovens como Haaland e Vinícius Jr, são candidatos a dominantes da nova era. Pela primeira vez em muito tempo, o português e o argentino entram como azarões na eleição de melhor do mundo da Fifa deste ano. A enorme possibilidade de não levarem o troféu reforça o sinal do fim do reinado da dupla.