Eu sempre quis escrever uma história grande no esporte, fazer diferença e influenciar positivamente a sociedade, assim como meus ídolos do futebol. Já fui bicampeão mundial júnior e conquistei a Copa do Mundo de esqui alpino recentemente, mas não senti a felicidade plena. Queria algo além dos troféus. Decidi me aposentar aos 23 anos.
Muitos estranharam, afinal eu era muito novo e ainda tinha muito a fazer pelo esqui. Voltei atrás cinco meses depois, quando um caminho singular surgiu: defender as cores do Brasil, o país da minha mãe. Era a chance de escrever uma história e levar a bandeira das minhas origens ao topo do esporte de inverno.
Nada mais justo. Foi no Brasil que o meu amor pelo esporte nasceu, jogando bola nas ruas de São Paulo com os meus primos na infância. Só cheguei ao esqui alpino porque tive essa experiência. Agora, eu represento 215 milhões de pessoas que podem se apaixonar pelo esporte de inverno e entender que tudo é possível, não importa de onde você é.
Sempre vai aparecer um esquiador novo na Noruega. Mas não é sempre que vai surgir no Brasil, não é? Prazer, o meu nome é Lucas Pinheiro Braathen, mas podem me chamar de Lucas do Brasil. Como costumo dizer: "Vamos dançar!"