Desde que chegou ao Santos, em 2019, o atacante Marinho lutou para ser reconhecido para além do famoso meme "sabia não". Queria evoluir. Ser esquecido como uma figura de humor e passar a ter mais visibilidade pelo seu futebol.
O meme ficou para trás, assim como o batismo dos gols, iniciado por ele mesmo ao marcar com a camisa santista e chamar o gol de "minimíssil aleatório". As frequentes brincadeiras nas entrevistas coletivas também ficaram no passado, e Marinho passou a se cobrar para ser o jogador que deixa tudo de si em campo.
Os resultados vieram, tanto é que o atacante se tornou artilheiro do Santos e destaque no futebol brasileiro. Além disso, ajudou o time a chegar em uma semifinal da Copa Libertadores depois de oito anos -- o Santos volta a enfrentar hoje o Boca Juniors, em casa, pela segunda partida da semi, a partir das 19h15.
Aos 30 anos, Marinho se vê mais maduro, faz parte do time de capitães do elenco, puxa discurso na preleção, auxilia a molecada... e não dorme em caso de algum erro individual no jogo.
"Claro que sim [fico sem dormir à noite]. Quando não faço uma partida como quero, fico horas pensando no lance e em como vou corrigir para que não aconteça novamente. Eu me cobro muito. Muito mesmo. Estou sempre querendo melhorar, aperfeiçoar, evoluir. Não pode ser diferente em um futebol como o de hoje. Tem que ser intenso sempre. O ritmo tem que ser alto em todas as partidas", disse o atacante em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.