O Mundial de futsal começa neste domingo na Lituânia, mais uma vez sob a chancela e organização da Fifa. Superpotência da modalidade, o Brasil disputa o torneio com o objetivo de trazer para casa o 8º título. Para a comunidade nacional do esporte, no entanto, existe outro sonho tão grande quanto esse — e vivo na memória com o fim recente dos Jogos de Tóquio.
Afinal, por que o futsal, praticado em todo o mundo, não é um esporte olímpico?
As respostas passam pela Fifa e, principalmente, pela queda de braço entre a entidade e o Comitê Olímpico Internacional a respeito de poder e influência ligados a grandes eventos.
O xadrez de poder entre esses dois organismos tem como elemento central o aproveitamento olímpico do futebol de campo, com interesses claramente distintos, há décadas, entre Fifa e COI. É somente numa brecha desse entrave que o futsal pode ter alguma chance.
"Há várias razões. Todo mundo comenta, todo mundo fala, mas certeza absoluta ninguém tem de nada", diz Marcos Madeira, atual presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFs).
Mas, se o vôlei conseguiu emplacar simultaneamente suas versões de quadra e praia no programa olímpico, ambos sob cuidados da Federação Internacional (FIVB), por que o mesmo não pode acontecer com futebol e futsal? O UOL Esporte procurou organismos internacionais, falou com ídolos como Falcão e buscou traçar um diagnóstico sobre as chances olímpicas do bom e velho futebol de salão.