Os ginásios da NBA estavam fechados há meses devido à pandemia do ainda desconhecido novo coronavírus, que tirou a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Enquanto muitas pessoas temiam a Covid-19 e estavam isoladas em casa, os atletas da principal liga de basquete do mundo foram às ruas. A morte de George Floyd, um cidadão afro-americano vítima da violência policial, tirou os astros de suas residências e os levou a marchar ao lado do povo nas ruas para exigir justiça social.
Cientes de suas representatividades e marcados pelas próprias experiências, nomes como Giannis Antetokounmpo, Russell Westbrook, Bradley Beal, John Wall, entre outros, marcharam gritando que "vidas pretas importam".
A onda de manifestações que tomou os Estados Unidos e o mundo rapidamente atingiu a liga. Os atletas passaram a cobrar mais representatividade preta tanto na NBA quanto nas franquias que a compõe.
Em meio a isso, os dirigentes discutiram como retomar os jogos mesmo com a pandemia causada pelo novo coronavírus. A solução foi a montagem de um complexo reservado à liga na Disney, em Orlando, na Flórida (EUA).
A atitude dividiu e gerou um forte debate entre os jogadores. Parte deles entende que o retorno, marcado para o dia 30 de julho, seria uma forma de abafar as manifestações e a luta por igualdade.
A atual geração de astros da liga, principalmente os afro-americanos, poderá ser acusada de muitas coisas daqui a algumas décadas, menos de omissão diante do racismo estrutural existente nos Estados Unidos.
O show promovido pela NBA, com enterradas, dribles desconcertantes e grandes jogos voltará. Mas a liga estará pressionada a ser mais igual e justa do que era quando parou.
A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar"
Martin Luther King Jr.