Isso aí é com meu pai. Eu só quero jogar futebol."
A frase era um lema de Neymar desde as mais precoces aparições midiáticas. O enorme potencial demonstrado em campo sempre rendeu interesse da mídia. Ao menor sinal de perguntas sobre futuro, era sempre "com o meu pai". Esse comportamento ajudou a moldar o apelido de "Menino Ney", um jogador cujo nível de maturidade virou tema de discussões em mesas redondas —na TV ou nos bares.
Não que Neymar se importe: "Ah, o Neymar vai pra balada, blá blá blá. Qual foi meu desempenho em campo? Tá puto? Irmão, fica com seu tá puto. É a minha vida, eu não vou fazer isso porque você não quer. A galera fica um pouco revoltada de eu ser o Neymar assim: focado em campo e um cara que curte a vida. Acho que isso ninguém conseguiu fazer bem. E eu... Eu faço", afirmou no documentário "O Caos Perfeito", da Netflix.
Até hoje, o pai conduz a carreira do filho com punho de ferro. Virou um empresário voraz e criou uma das marcas mais valiosas da história, avaliada em R$ 1 bilhão. Neyfilho nem sempre concordou com as decisões de Neypai, mas nunca a oposição foi pública.
Até agora.
A terceira e última reportagem da série "Neymar e o mundo" trata da pessoa por trás do craque da seleção brasileira. Os erros e acertos do menino Ney e o processo de transformação que criou o adulto Ney, principal esperança do hexa no Qatar.